Como me escrever nos traços destas letras? Eu que me esboçoinforme, torta e inacabada? Confrontando-me entre o leitor e o prazer da tintasobre o papel, da grafia incerta na tela fugaz. Estes seres ficcionais em mimme reinventam, transformam-me na palavra desenhada, no gozo da frasecartografada. Quero a ficção de mim desterritorializada de certezas e verdades,compartilhar nossos eus nesta virtualidade, espaço concreto de nossasautoficções. Num corpo anônimo de sujeitos nominados o texto inscrito pretende-seirônico, experimental, subversivo, livre... O que quero? Tão somente o gozo daescrita! Em minha autoficçãoquantos sou? Por enquanto, sou três: Anna, a esquizo; Alícia, a fotógrafa, compoucas palavras, seu mundo são as imagens e Isadora, que em sua flânerie,revela-nos seu olhar sobre a cidade.
A subjetividade é uma dobra do exterior. A interioridade dobrada não é um sistema psicológico, mas uma superfície descontínua, um dobramento da exterioridade. Localizar as dobras e as curvaturas pelas quais passam as regiões do ser, uma na outra. Além disso, a dobra é o acontecimento, a bifurcação que faz ser. Cada dobra, ação-dobra ou paixão-dobra, é o surgimento de uma singularidade, o começo de um mundo.
2 comentários:
Que lindas imagens, amei!!!
Maravilhosas imagens. Nervos. Nervuras. É como sentir a dor...é como suar com aquelas gotas...
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