domingo, 15 de março de 2009

Devir

Ruínas... ah! Isadora, você não compreende a casa.
Não sabes o que é ruína... você se reconstrói todos os dias, não é?
O novo... sobre o velho... dia após dia...
Eu sou ruína! nunca soube ser parede e me proteger do mundo fora de mim... Nunca soube onde encontrar uma porta para fugir do mundo dentro de mim... Nasci ruína... vidro quebrado... tijolo esmagado... janela sobre o chão... estilhaços... deixo a vida desprender de mim...
Fragmentos do eu... devir pessoa...
Anna

2 comentários:

Beli disse...

A capacidade de desafiar qualquer sanidade e tentativa teórica está em Anna, repelindo as ruínas de Isadora? Ora, sem forma, sem medo, nos traços de orações curtas, desvenda o mundo e convida ao imundo.Ao que só pode ser intensamente vivido por ela, por ser, simplesmente ser, o que é...

Ale disse...

Ah mas é lindo, e é tão triste, e por quê dentro da tristeza existe tanta beleza? Ou tudo enjoa, pq vira sempre a mesma coisa. Eu por exemplo me enjoei de escrever no blog, chega. Deixa pra outro dia, enquanto eu formo pensamentos só pro meu próprio deleite e falo um pouco ali, outro aqui.
É triste ( quando a gente se identifica), mas é muito bom!